
Cine IDEA : "Maddadayo" (Akira Kurosawa) com Maria Gouveia
terça-feira, 15 de julho de 2025
22:00
Cinema
Cine IDEA – Sessão Comentada “Madadayo” (Akira Kurosawa)
Comentário: Maria Gouveia
Terça-feira, 15 de julho, 19 h
Centro Cultural IDEA – Rua Bernardo Guimarães, 1200, Funcionários – Belo Horizonte (próximo à Praça da Liberdade)
Ingressos: R$ 80 · Classificação: Livre
Última obra de Akira Kurosawa, Madadayo (1993) acompanha o professor Hyakken Uchida na velhice, celebrando a resiliência criativa num Japão que se reconstrói após a guerra. Entre humor suave, lembranças afetivas e a obstinação de repetir “Ainda não!” quando lhe perguntam se está pronto para partir, o filme transforma cotidiano em filosofia — uma ode à alegria de permanecer curioso.
Maria Gouveia — filósofa, professora e pesquisadora há mais de 30 anos — conduz a conversa pós-sessão. Discípula de Ariano Suassuna e aluna de Paulo Freire, é autora de O Palácio como Símbolo da Cidade e O Cemitério do Bonfim. Conhecida por sessões de cinema comentado que unem estética, memória e crítica social, atua no IDEA desde 2017, transformando cada encontro em experiência envolvente que conecta imagem, pensamento e emoção.
Prepare-se para questionar o que mantém viva a centelha criativa quando tudo ao redor parece ruir — e, com Kurosawa, responder “Ainda não!” a quem ousar perguntar se já é hora de partir.

Maria Gouveia
Maria de Lourdes Caldas Gouveia nasceu em Garanhuns, interior de Pernambuco, e encontrou em Belo Horizonte o terreno fértil para semear saberes. Filósofa, educadora e escritora, formou-se em Pedagogia pela PUC Minas, fez mestrado em Educação pela UFRJ e doutorou-se em Filosofia na Universidad Complutense de Madrid. Durante mais de quarenta anos de docência universitária, ensinou que pensamento crítico só floresce quando alimentado pela sensibilidade.
Nos livros da série A Matéria da Memória — e em cada aula no programa “Cinema Comentado” do Centro Cultural IDEA — ela devolve à cidade suas histórias invisíveis, entrelaçando teoria e afeto. Sua pesquisa sobre memória urbana inspira educadores e cidadãos a reconhecer, preservar e reinventar os espaços que habitam. Com palavra generosa e rigor intelectual, Maria Gouveia prova que educar é ampliar horizontes: quem atravessa sua sala de aula sai com novas maneiras de enxergar o mundo e, sobretudo, de transformá-lo.